Ao longo do último mês, a Coreia do Norte emitiu diversas declarações provocativas para alertar os EUA que retomaria os testes com mísseis e com material nuclear, caso os EUA não cumpram o prazo, que expira no fim deste ano.
"Veremos. Eu ficaria desapontado se alguma coisa estiver sendo tramada. E se estiver, cuidaremos disso. Estamos observando [a situação] atentamente", disse Trump durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
Nesta segunda-feira (16), o representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, esteve na Coreia do Sul, onde declarou que a postura de Pyongyang é "hostil e negativa".
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, acredita ser provável que a Coreia do Norte retome seus testes de mísseis.
"Estamos ouvindo conversas sobre [retomada] dos testes. Eu acho que [a retomada] é provável, se [os norte-coreanos] não se sentirem satisfeitos", declarou o secretário de Defesa.
De acordo com Esper, Pyongyang poderá retomar os testes com mísseis balísticos intercontinentais, interrompidos desde 2017.
"Acompanho a situação na península coreana há um quarto de século. Então eu conheço as táticas e os ímpetos deles. Acho que precisamos levar a situação a sério, sentar e debater um acordo político para a desnuclearização da península", disse Esper.
Resolução do Conselho de Segurança da ONU proíbe a Coreia do Norte de realizar testes com mísseis balísticos intercontinentais.
Nesta segunda-feira (16), Rússia e China apresentaram proposta de resolução ao Conselho para retirar sanções contra a exportação de alguns bens da Coreia do Norte, a fim de incentivá-la a negociar. A resolução cita produtos como carvão, ferro e tecidos.
Desde 2017, os Estados Unidos e Coreia do Norte negociam plano de ação para desnuclearizar a península coreana. No entanto, após três encontros entre os líderes Kim Jong-un e Donald Trump, não foram atingidos resultados concretos.
Pyongyang estipulou unilateralmente um prazo para que os Estados Unidos retornasse à mesa de negociações, que expira no fim deste ano. Representantes norte-americanos declaram reiteradamente que não reconhecem o prazo determinado pela Coreia do Norte.