A Bolívia já aderiu ao Grupo de Lima, anunciou em uma declaração o Ministério das Relações Exteriores do país. "Assim a Bolívia contribuirá para uma solução pacífica, democrática e constitucional da crise na Venezuela, que deve ser guiada pelo povo venezuelano", diz o texto.
A decisão do governo em funções na Bolívia de aderir ao Grupo de Lima segue o roteiro norte-americano de desintegração da América Latina, acredita o sociólogo e analista Adolfo Mendoza Leigue.
Jorge Arreaza, o ministro venezuelano das Relações Exteriores, condenou o evento.
Aqui você pode ver todos as costuras do Grupo (cartel) de Lima. Os supostos e ferozes defensores das democracias e dos direitos humanos reprimiram selváticamente seu povo e agora incorporam nas suas fileiras uma ditadura fascista e racista, produto de um sangrento golpe de Estado.
Criado em 2017, o Grupo de Lima é um fórum de países latino-americanos que não reconhece a legitimidade do presidente Nicolás Maduro e do poder público venezuelano, formado dentro da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Relações recentes entre Venezuela e Bolívia
O governo de fato de Jeanine Áñez rompeu relações diplomáticas com Venezuela em 15 de novembro, pedindo então aos seus funcionários que deixassem a Bolívia "por se terem envolvido nos assuntos internos do Estado".
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, por sua vez, decidiu retirar a acreditação da representação militar do Estado Plurinacional da Bolívia em Caracas, concedendo-lhes um período de 72 horas para deixarem o país. Segundo o órgão, a medida "corresponde ao papel desempenhado pelo alto comando das Forças Armadas bolivianas no golpe de Estado de 10 de novembro, e em nenhum caso pressupõe uma avaliação individual dos soldados bolivianos".