Terremotos no Yellowstone: vem aí uma supererupção?

Cientistas registram terremotos na caldeira vulcânica do parque de Yellowstone, nos EUA, enquanto novas deformações geológicas são percebidas.
Sputnik
"Também teve uma pequena quantidade de terremotos que começaram bem no fim de novembro e continuaram no início de dezembro aqui mesmo no oeste. O maior evento desta sequência teve magnitude de 2,1", declarou o pesquisador Mike Poland em um vídeo publicado pelo Observatório do Vulcão de Yellowstone das Pesquisas Geológicas dos EUA (USGS, sigla em inglês).

Também a estação sismológica da Universidade do Utah, nos EUA, detectou 107 terremotos na região, tendo o mais forte deles alcançado magnitude 3,1 e ocorrido fora do parque de Yellowstone.

Conforme publicou o portal Express, o local já foi palco de erupções massivas há 2,1 milhões, 1,3 milhão e 640 mil anos atrás.

Deformação geológica

Ainda conforme a mídia, citando o pesquisador Mike Poland, a região em que se localiza o parque nacional de Yellowstone, que se expande pelos estados de Wyoming, Montana e Idaho, sofreu deformações geológicas ao longo dos últimos anos.

"Se formos à bacia de Norris Geyser, podemos ver que ocorreu uma tendência ascendente, ou seja, houve uma elevação desde 2015 até outubro de 2018", declarou o pesquisador.

Erupção à vista?

Se por um lado terremotos de pequena magnitude têm sido observados pelos pesquisadores, por outro o cientista da USGS Jake Lowenstein acredita que criar estatísticas sobre os intervalos das erupções vulcânicas é "como jogar um jogo".

"Porque nós não sabemos. Não tem um relógio lá embaixo. O magma vai entrar em erupção quando quiser. Tem ocorrido uma série de coisas nos últimos 600 mil anos que devem indicar que é pouco provável ocorrer uma erupção", afirmou o cientista.

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