O lançamento, realizado neste domingo (22), teria sido monitorado por satélites e outras plataformas de inteligência dos EUA, que teriam rastreado a trajetória do míssil.
Caso as informações sejam confirmadas, este seria o quarto lançamento de um míssil JL-3 em menos de dois anos. O primeiro ensaio foi realizado em 2018, e os demais em junho e outubro deste ano.
De acordo com James E. Fannel, capitão aposentado da Marinha dos EUA, os testes do míssil JL-3, considerado o mais avançado da Marinha chinesa, seriam uma demonstração dos avanços das Forças Armadas do país asiático:
"Não é só uma demonstração dos avanços realizados pela Marinha da China na área de tecnologia de mísseis balísticos, mas também um alerta para os EUA e para o mundo de que Pequim tem o objetivo estratégico de manter os EUA sob ameaça do seu arsenal nuclear", declarou.
Os mísseis JL-3 integram os projetos de modernização das Forças Nucleares Estratégicas de Pequim, que incluem novos mísseis de lançamento terrestre e naval, bem como o desenvolvimento de um novo bombardeiro estratégico.
Os testes, a serem confirmados, foram realizados em meio a tensões na península coreana, conforme se aproxima o fim do prazo estipulado por Pyongyang para retomar as negociações sobre desnuclearização com os EUA. Caso o prazo expire (em 31 de dezembro), a Coreia do Norte ameaça voltar a testar mísseis balísticos intercontinentais, o que não faz desde 2017.