As declarações foram feitas pelo conselheiro de segurança da presidência dos EUA, Robert O’Brien, em entrevista ao canal local ABC, neste domingo (29).
"Nos reservamos o direito de avaliar a situação, mas os EUA tomarão medidas, como sempre fazemos em casos como este. Se Kim Jong-un for por esse caminho, ficaremos bastante desapontados e iremos demonstrar esse desapontamento", disse.
A Coreia do Norte havia estipulado um prazo para a retomada das negociações com os EUA acerca do seu programa nuclear, prazo que deve expirar no fim deste ano. Pyongyang havia pedido que Washington apresentasse nova proposta para solucionar as diferenças entre os dois países.
Militares norte-americanos são de opinião que a Coreia do Norte pode retomar os testes com mísseis balísticos intercontinentais, que estão suspensos desde 2017.
O’Brien disse que os EUA e a Coreia do Norte abriram canais de comunicação, sem fornecer detalhes. Ele acrescentou que Washington esperava que o líder norte-coreano mantivesse seu compromisso de desnuclearizar a península coreana.
Os EUA ainda são a principal potência militar do mundo, o que lhes garante significativo poder econômico, disse o conselheiro: "Temos capacidade de exercer bastante pressão".
A Coreia do Norte ameaçou os EUA com um "presente de Natal", apesar de os líderes dos dois países terem construído uma relação pessoal positiva, notou O’Brien.
"Teremos que esperar para ver. Estamos monitorando a situação de perto. É uma situação que nos preocupa, claro", disse.
Neste sábado (21), Kim Jong-un convocou uma reunião do partido governante para discutir assuntos importantes, no âmbito da aproximação do fim do prazo estipulado por Pyongyang, informou a agência de notícias local.
EUA e Coreia do Norte se engajaram em negociações diplomáticas bilaterais desde 2017 para tratar do programa nuclear e de mísseis de Pyongyang. Apesar de três reuniões de alto nível entre o presidente dos EUA, Donald Trump e Kim Jong-un, nenhum resultado concreto foi atingido até agora.