Se fosse visível ao olho humano, este "halo" de raios gama pareceria maior que a famosa constelação da Ursa Maior.
Este fenômeno sugere que este pulsar poderia ajudar a solucionar o enigma científico sobre um tipo de partícula cósmica que vem de fora do Sistema Solar e que é anormalmente abundante perto da Terra – os pósitrons, a versão antimatéria dos elétrons.
Uma estrela de nêutrons é núcleo achatado que fica quando uma estrela muito mais massiva que Sol fica sem combustível, colapsa sob seu próprio peso e explode como uma supernova. Consideramos algumas estrelas de nêutrons como pulsares, objetos que giram rapidamente e emitem feixes de ondas de rádio, luz, raios X e raios gama que, tal como um farol, varrem periodicamente nossa linha de visão a partir da Terra.
Geminga, um dos pulsares mais próximos da Terra, é também um dos mais brilhantes nas energias de raios gama. Para estudar seu halo os cientistas tiveram que retirar todas as outras fontes de raios gama, inclusive a luz difusa produzida pelas colisões de raios cósmicos com nuvens de gás interestelar. Foram avaliados dez modelos diferentes de emissões interestelares, explica a NASA.
A equipe cientifica determinou que Geminga poderia ser responsável pela emissão de 20% dos positrões de alta energia vistos por outras missões espaciais.
Extrapolando a emissão acumulativa de pósitrons de todos os pulsares na nossa galáxia, os pesquisadores dizem que está claro que os pulsares continuam a ser a melhor explicação para o excesso de pósitrons observado.