Foi o pior resultado desde 2015, quando o ganho foi de US$ 19,5 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Ministério da Economia.
A soma das exportações foi de US$ 224,018 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 177,344 bilhões.
Na comparação ao ano anterior, as exportações caíram 7,5% e as importações 3,3%. De acordo com o governo, os dois recuos explicam a queda no saldo positivo da balança.
China, Hong Kong, Macau e EUA são principais compradores
Os principais compradores de produtos brasileiros foram China, Hong Kong e Macau, com US$ 65,389 bilhões. Em seguida aparecem Estados Unidos (US$ 29,556 bilhões), Países Baixos (US$ 10,1 bilhões), Argentina (US$ 9,714 bilhões) e Japão (US$ 5,410 bilhões).
Entre os principais produtos exportados estão soja em grãos, petróleo em bruto, minério de ferro, celulose, milho em grãos, carne bovina, carne de frango, farelo de soja, café em grãos, açúcar em bruto e semimanufaturados de ferro e aço
Do lado das importações, os principais compradores foram China, Hong Kong e Macau (US$ 35,881 bilhões) e EUA (US$ 30,086 bilhões). Depois aparecem Argentina (US$ 10,552 bilhões), Alemanha (US$ 10,281 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 4,706 bilhões).
Governo diz que foco não é saldo comercial
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, disse que o foco da agenda comercial do governo Jair Bolsonaro não passa pela "obtenção de saldos comerciais", mas por aumentar a integração com parceiros ao redor do mundo e conseguir produtividade e empregos na economia brasileira.
Além disso, o Ministério da Economia defende que o objetivo principal é o aumento da corrente de comércio, que engloba tanto as exportações quando as importações.
"Se saldo comercial fosse importante, os Estados Unidos seriam a economia com pior desempenho comercial do planeta, porque há décadas tem déficit comercial na balança", afirmou Ferraz em coletiva para divulgar os dados, segundo publicado pelo site Poder 360.
Outros fatores para a queda do superávit foram a queda no comércio mundial, o baixo crescimento da economia brasileira, a guerra comercial entre EUA e China, a crise na Argentina e a febre suína na China.