A situação relativa aos helicópteros das Forças Armadas alemãs está no epicentro de uma agitação, sendo que apenas 20 dos 152 helicópteros estão em condições para voar.
Tobias Lindner, o representante da fração dos Verdes no Parlamento Federal, o Bundestag, disse ao jornal alemão Bild que é irresponsável ter permitido que os helicópteros chegassem a condições deploráveis.
Consequentemente, a responsabilidade por esta situação recai diretamente sobre as Forças Armadas, apesar de esta entidade militar responsabilizar a fabricante Airbus Helicopters Deutschland (AHD), empresa que declarou que "só cumpriria proporcionalmente as suas obrigações contratuais".
A empresa é responsável por metade dos controlos de rotina dos helicópteros Tiger (depois de 400 horas de voo). No caso dos helicópteros de transporte NH90, a AHD é também responsável por quase 90% das inspeções de rotina (depois de 600 horas de voo).
Por sua vez, os representantes da Bundeswehr declararam que "os atrasos nas medidas de manutenção industrial estão na pauta".
A questão é especialmente problemática porque ambos os sistemas de armas são em qualquer dos casos "susceptíveis consideravelmente de falhar e precisam de muita manutenção".
"A preparação operacional catastrófica dos [helicópteros] Tiger está também afetando o treinamento dos pilotos. Este estado de coisas é irresponsável", desaprovou Lindner citado pelo Bild.
Atualmente, apenas oito dos 53 helicópteros Tiger estão prontos para o serviço. No que se refere aos aparelhos de transporte NH90, apenas 12 dos 99 estão prontos.
Em agosto de 2019 os voos dos helicópteros Tiger das Forças Armadas da Alemanha foram suspensos por questões de segurança devido a possíveis defeitos.