"A declaração de Trump sobre as sanções contra o Iraque trata-se de palavras de um ocupante", afirmou Leonid Slutsky, presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo).
"O presidente americano esquece que os EUA não foram originalmente chamados para lá. Deixar tropas no território do país contra a vontade do povo – e do Parlamento que tomou a decisão em questão e que representa diretamente a população do Iraque – é o mesmo que ocupação. Esta é uma verdadeira agonia de uma hegemonia fracassada e uma tentativa de impor novamente uma ordem mundial unipolar", declarou Slutsky a jornalistas.
No domingo (5), o Parlamento iraquiano, em meio aos assassinatos em Bagdá do influente general iraniano Qassem Soleimani e do comandante xiita iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis, votou pela quebra da cooperação com a coalizão internacional contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) e exige que o governo interrompa a presença militar estrangeira.
Em resposta, Washington expressou seu desapontamento e Trump afirmou que as tropas americanas não deixarão o Iraque até que o país pague pela base aérea americana.
A Casa Branca justificou o assassinato como medida preventiva, alegando que Soleimani estava por trás do cerco à embaixada dos EUA no Iraque no dia 31 de dezembro de 2019. Irã jurou vingança pelo que considera ato de terrorismo.