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Caso Porta dos Fundos: Brasil pede à Rússia a extradição de suspeito de ataque

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil pediu que a Rússia prenda e extradite o empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise, de 41 anos, apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como um dos participantes do ataque contra a produtora Porta dos Fundos.
Sputnik

Representantes do Itamaraty tiveram um encontro com diplomatas russos na segunda-feira, de acordo com informações do jornal O Globo. A expectativa é que a extradição saia nos próximos dias, já que os dois países possuem um acordo do gênero.

O pedido de prisão de Fauzi foi feito no último dia 30 de dezembro – um dia após o suspeito ter embarcado para Moscou, onde possui uma namorada e um filho. Com base em imagens das câmeras de segurança próximas à produtora, ele foi identificado.

Em uma entrevista à rádio BandNews FM, o empresário afirmou que foi passar o Natal com o filho na Rússia e que a viagem já estava programada. Anteriormente, Fauzi havia indicado que pediria um asilo ao governo russo, mas na mesma entrevista confirmou que se entregaria.

Caso Porta dos Fundos: Brasil pede à Rússia a extradição de suspeito de ataque

O empresário se negou a confirmar se participou diretamente do ataque, inclusive comprando materiais para os coquetéis molotov atirados contra a fachada do prédio da produtora. Contudo, ele destacou considerar o ataque uma "resposta mais do que justa".

"A gente tem uma ofensa real ao sentimento palpável. A resposta foi mais do que justa. Foi preparada para isso. Estou pronto para abraçar as consequências do homem que eu sou. Eu estou lendo o ambiente, eu estou lendo a situação a distância. Se eu sentir que minhas seguranças pessoais e físicas estão em perigo, eu vou optar por não me apresentar neste momento, mas, em princípio, os meus planos são realmente estar retornando dia 30 de janeiro", disse à rádio.

O ataque contra a Porta dos Fundos aconteceu em 24 de dezembro, na véspera do Natal, e teria sido motivado pelo especial do grupo lançado dias antes na plataforma de streaming na Netflix, no qual é sugerido que Jesus seria homossexual, o que revoltou setores religiosos e conservadores no Brasil.

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