Os resultados das observações podem representar a primeira detecção de uma fusão de uma estrela de nêutrons com um buraco negro, entretanto, é muito provável que se trate da colisão entre duas estrelas de nêutrons.
A detecção foi realizada por apenas um dos três detectores, sendo que dois deles estão nos EUA e o terceiro está em Cascina, na Itália, segundo o portal Space.
"A taxa de falso alarme em um caso como esse é de uma a cada 69 mil anos", afirmou o pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e um dos líderes da participação brasileira na colaboração internacional, Odylio Aguiar.
Estima-se que os objetos que colidiram tinham, ao todo, massa entre 3,3 e 3,7 vezes a do Sol, ou seja, poderiam ser duas estrelas de nêutrons (as maiores conhecidas têm cerca de duas massas solares) ou um buraco negro e uma estrela de nêutrons.
Agora, os astrônomos pretendem elevar as estatísticas para estimar a frequência desses eventos no Universo.
"Se realmente foram duas estrelas de nêutrons, este seria o segundo evento detectado [...] Se um dos objetos era um buraco negro de baixa massa, este seria um evento inédito", afirmou Aguiar.
Com isso, os astrônomos continuarão estudando o evento, bem como as ocorrências dessas ondas gravitacionais. Além disso, em poucas semanas, um novo detector deverá entrar em operação no Japão, que poderá ajudar os cientistas a detectar e identificar ainda mais ondas gravitacionais.