O número de mortos subiu para 50, informou a agência de notícias iraniana ISNA, citando o gabinete do legista da província de Kerman, Abbas Amian.
A emissora iraniana IRIB não disse onde obteve a informação, mas teve uma conversa telefônica com o chefe dos serviços médicos de emergência do Irã, Pirhossein Koulivand, que confirmou que a confusão envolveu vítimas.
"Infelizmente, como resultado do tumulto, alguns de nossos compatriotas foram feridos e alguns foram mortos durante a marcha fúnebre", disse Koulivand.
"O tumulto matou 32 pessoas, 190 ficaram feridas. As vítimas foram levadas para hospitais e centros médicos, e estão recebendo cuidados médicos", complementou o diretor do serviço de emergência.
Koulivand acrescentou que a situação estava sendo investigada com informações adicionais a serem fornecidas posteriormente.
Marcha fúnebre
Segundo os serviços médicos, a confusão foi causada pelo grande número de participantes que vieram de todas as províncias para se despedirem do lendário major-general.
A procissão de segunda-feira (6), realizada na capital do Irã, Teerã, reuniu mais de um milhão de pessoas.
Milhares de pessoas saíram às ruas de Kerman, a cidade natal do comandante da Força Quds iraniana, Qassem Soleimani, para testemunhar a procissão fúnebre do general que foi morto durante um suposto ataque com drone americano no dia 3 de janeiro.
Consequências do assassinato
O assassinato levou o presidente iraniano Hassan Rouhani a avisar que Teerã se vingará pelo que considera ser um crime hediondo. Dois dias após o assassinato, Teerã declarou que continuaria a reduzir suas obrigações sob o acordo nuclear do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), e a enriquecer urânio com base nos requisitos técnicos de sua indústria nuclear.
O Iraque também condenou o ataque, classificando-o como uma violação de sua soberania e organizando votação no parlamento para expulsar as tropas estrangeiras do país.
O presidente norte-americano Donald Trump ameaçou Bagdá com sanções, dizendo que as tropas norte-americanas não deixarão o país a menos que os EUA sejam pagos pela sua "base aérea extraordinariamente cara" situada na região.