"Na última noite, um tapa na cara foi dado [dos EUA]", declarou Ali Khamenei em cadeia nacional.
O líder supremo iraniano também teria considerado a presença dos EUA no Oriente Médio uma "fonte de corrupção", ao passo que teria exigido a saída das forças americanas da região.
Além de supostamente considerar os últimos ataques contra bases da coalizão internacional no Iraque um "tapa na cara" dos EUA, em transmissão televisiva, o líder também teria dito que não há possibilidade de retomar as conversações sobre o programa nuclear iraniano, uma vez que isto "abriria o caminho para a dominância dos EUA".
Khamenei também teria reafirmado que os principais inimigos do Irã são os EUA, Israel e o "sistema arrogante", o que poderia ser uma referência ao Ocidente em geral.
De acordo com a agência iraniana Mehr, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã reafirmou que o ataque à base Ain al-Asad da coalizão internacional no Iraque foi uma resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.
Tensões na região
As relações entre os EUA e o Irã registraram uma piora após uma operação militar dos EUA no último dia 3 que resultou na morte do chefe da Força Quds, o major-general Qassem Soleimani.
O ataque, realizado nos arredores do Aeroporto Internacional de Bagdá, também vitimou o membro sênior das Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis, além de outras pessoas.
Após a confirmação da morte de Soleimani, o governo persa afirmou que haveria vingança contra os EUA.