"Todos esses relatos são uma guerra psicológica contra o Irã", disse o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, na quinta-feira (9), solicitando que os países que perderam cidadãos no acidente aéreo enviem representantes para se juntarem à investigação da queda do avião.
"Todos os países dos cidadãos, que estavam a bordo do avião, podem enviar representantes e instamos a Boeing a enviar o seu representante para se juntar ao processo de investigação da caixa-preta", complementou.
"Se o avião tivesse sido atingido por um míssil, a área, na qual as suas peças estavam espalhadas, seria muito grande, mas todas as peças estavam no mesmo lugar", disse o chefe da Organização da Aviação Civil (CAO) iraniana, Ali Abedzadeh.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Abbas Mousavi, pediu ao primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e qualquer outro governo "que tenha informações sobre o acidente que as entreguem ao comitê investigativo no Irã".
A alegação de Trudeau sucede a declaração do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de que o seu governo está "investigando urgentemente" relatórios de que o avião foi abatido por um míssil e especulações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que ele tinha "suspeitas" de que "alguém poderia ter cometido um erro".
Acidente aéreo
O voo PS752 da Ukraine International Airlines caiu pouco depois de decolar de Teerã, a caminho de Kiev, no dia 8 de janeiro, matando todos os 176 passageiros e tripulantes a bordo. A Ucrânia enviou investigadores para a região e está em curso um inquérito sobre o que causou o acidente.
O Irã se recusou terminantemente a entregar as caixas-pretas aos EUA. No entanto, Teerã recebeu todos os países que perderam cidadãos no acidente, bem como representantes da Boeing, para participar na investigação e assim divulgar os resultados ao mundo.