Conselho de Segurança analisará informe sobre suposto ataque químico em Douma

O Conselho de Segurança da ONU discutirá, a pedido da Rússia, informe da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) sobre o suposto uso de armas químicas na cidade síria de Douma.
Sputnik

"Por solicitação da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU convocará uma reunião de Fórmula Arria [processo de consulta informal no Conselho] para discutir a situação em relação ao informe da OPAQ sobre o incidente em Douma, Síria, em 7 de abril de 2018. A reunião será centrada na investigação desse acidente pela Missão de Investigação da OPAQ", afirmou o secretário de imprensa da missão de Moscou nas Nações Unidas, Fiodor Strzhizhovski.

A reunião está programada para acontecer daqui a uma semana, no dia 20 de janeiro. 

No dia 1º de março de 2019, a OPAQ publicou um relatório sobre os resultados da investigação em Douma afirmando que "provavelmente" o agente químico usado no ataque foi o gás cloro, mas não culpou nenhum lado pela ação. 

Países ocidentais acusaram o governo da Síria de ter efetuado o ataque e ameaçaram punir Damasco

A organização não-governamental Capacetes Brancos usou como prova de culpa do governo um vídeo no qual aparecem moradores de Douma, supostamente intoxicados pelo ataque, e médicos que atendem as vítimas. 

Toxicologistas teriam descartado uso do cloro

Moscou classificou a gravação como uma "encenação", e condenou o ataque dos EUA, França e Reino Unido lançados em represália à Síria em 14 de abril de 2018. 

No final de dezembro do ano passado, documentos vazados pelo portal Wikileaks da Organização para a Proibição de Armas Químicas afirmam que não foi usado gás cloro no ataque em Douma. 

O Wikileaks afirmou que "quatro documentos da OPAQ revelam que toxicologistas descartaram mortes por exposição ao gás cloro". 

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