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China deve aumentar importação de soja dos EUA após acordo de comércio, diz especialista

A China deve aumentar significativamente suas importações de soja, suínos e algodão após a assinatura da chamada Fase 1 do acordo comercial com os EUA, reportou mídia chinesa com base em fontes próximas ao governo.
Sputnik

Wang Liaowei, economista chefe de um think tank chinês do ramo de grãos e óleos, disse ao jornal Global Times que as importações de suínos e algodão dos EUA também devem observar aumento.

“Com terras aráveis e recursos aquíferos internos limitados, o padrão da China baseado na importação de soja para suprir a demanda interna não pode ser modificado fundamentalmente", explicou Wang. "Como o maior importador de soja do mundo, nenhum país pode suprir a demanda chinesa sozinho."

Caso seja confirmado, o retorno da soja dos EUA para o mercado chinês pode afetar produtores de soja brasileiros, que já estes contavam com uma forte demanda do gigante asiático para 2020.

A China foi o destino de 78% de toda a soja exportada pelo Brasil entre janeiro e novembro de 2019, segundo dados do Ministério da Economia. No período, Pequim comprou US$ 19,59 bilhões de soja brasileira.

China deve aumentar importação de soja dos EUA após acordo de comércio, diz especialista

Em um mês, compradores chineses haviam arrematado às pressas mais de 20 cargas de soja brasileiras, a fim de suprir a demanda não atendida em função da guerra comercial com os EUA.

Demanda chinesa

Apesar de a China ter o potencial de absorver as produções tanto do Brasil, quanto dos EUA, a guerra comercial modificou alguns padrões importantes na economia do gigante asiático.

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Fatores indicam a possibilidade de queda na demanda chinesa de soja e sorgo em função da epidemia de gripe suína, que assolou o rebanho do país. A China importa grãos principalmente para uso como ração animal.

A indústria de ração animal chinesa, por sua vez, modificou a composição de seus produtos para diminuir a demanda por grãos importados dos EUA.

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