Se EUA 'mantiverem mesmo comportamento', terão uma resposta ainda mais dura, diz oficial iraniano

O assassinato em Bagdá do general iraniano Qassem Soleimani por meio de ataque de drone inflamou ainda mais as tensões entre Teerã e Washington.
Sputnik

A morte de seu general e chefe da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica fez com que o Irã retaliasse, atacando bases americanas no Iraque e, segundo declarações do porta-voz do Comando Central dos EUA (CENTCOM) Bill Urban, esses ataques deixaram 11 soldados estadunidenses feridos.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, general Mohammad Bagheri, advertiu que o país tomará medidas ainda mais duras se Washington mantiver o mesmo comportamento, relata a agência de notícias Mehr.

Segundo a mídia iraniana, o comandante afirmou que a retaliação pelo assassinato do general Soleimani demonstrou que o Irã está determinado a defender seus direitos.

O militar iraniano ameaçou os EUA com represálias durante uma conversa telefônica com o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar. Segundo a referida agência de notícias iraniana, Bagheri classificou o assassinato de Soleimani como "um ato covarde, desumano e imoral", que contraria todas as leis internacionais.

Bagheri avisou que, embora a República Islâmica não esteja interessada na escalada de tensões, quaisquer ações irracionais e agressivas empreendidas por outros países irão levar a uma resposta vigorosa por parte de Teerã. Ele também disse acreditar que "a razão de toda a instabilidade e conflitos será eliminada com a saída dos EUA da região".

Por sua vez, o ministro da Defesa turco elogiou os laços amigáveis entre Ancara e Teerã, destacando que garantir a paz e estabilidade na região é do interesse de ambos os países.

"Devemos trabalhar juntos para manter a estabilidade e não podemos permitir que os terroristas aproveitem a oportunidade de aumentar as tensões na região", disse Akar ao comandante iraniano, conforme citado pela mídia.

Anteriormente, o portal Defense One comunicou que 11 soldados dos EUA com "sintomas de concussão" foram transferidos do Iraque para a Alemanha e o Kuwait para avaliação e tratamento.

No dia 8 de janeiro, a base militar Ain Al-Asad, localizada na província iraquiana de Anbar, sofreu um ataque de 22 mísseis balísticos iranianos de curto alcance.

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