Irã não quer guerra e derramamento de sangue, garante ministro do Paquistão

O ministro das Relações Exteriores do Paquistão, que viajou entre Washington e Teerã no decorrer de uma semana, expressou confiança nesta sexta-feira de que o Irã estava tentando diminuir as tensões.
Sputnik

Shah Mehmood Qureshi discutiu nesta sexta-feira o processo de paz com o Irã e com o Afeganistão com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, cinco dias depois de ver o presidente iraniano Hassan Rouhani.

Embora não tenha dito que estava transmitindo alguma mensagem, Qureshi revelou que entendeu que os iranianos "não queriam escalar as coisas".

"Eles não querem guerra, não querem mais derramamento de sangue", garantiu Qureshi a repórteres em Washington.

Os Estados Unidos, em 3 de janeiro, mataram o general mais poderoso do Irã, Qassem Soleimani, em um ataque de drones enquanto ele visitava Bagdá, capital do Iraque.

O Irã respondeu com ataques de mísseis contra as forças americanas no Iraque, mas Qureshi, de acordo com muitos observadores, acredita que a represália foi planejada para minimizar as baixas.

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Qureshi, cujo país tem fortes relações com a Arábia Saudita, comentou que a liderança iraniana também sinaliza a disposição de aliviar as tensões com seus vizinhos árabes.

Os iranianos "destacaram os problemas e as diferenças que tiveram com outros países importantes da região", afirmou.

"Eles disseram que estão dispostos a se envolver em qualquer nível e em qualquer formato", acrescentou Qureshi.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que está intimamente aliado à Arábia Saudita, em 2018 retirou-se de um acordo nuclear com o Irã e impôs sanções abrangentes destinadas a reduzir a influência regional de Teerã.

Autoridades norte-americanas culparam o Irã por um ataque de setembro às instalações petrolíferas sauditas, embora as potências do Oriente Médio tenham se envolvido em uma diplomacia cautelosa desde então.

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