Senadores colombianos buscam proteção em meio a escândalo de espionagem

Senadores colombianos solicitaram proteção de comissão internacional de direitos humanos após denúncias de que teriam sido espionados pelo Exército do seu país. Juízes federais e jornalistas também teriam tido suas conversas interceptadas.
Sputnik

O senador colombiano Antonio Sanguino faz uso de reforçado esquema de segurança para se deslocar pela capital, Bogotá, e participar de eventos políticos: carros blindados e três guarda- costas são algumas das precauções tomadas pelo parlamentar.

Mas os guarda-costas não podem neutralizar a nova ameaça: os serviços de inteligência colombianos estariam monitorando suas chamadas telefônicas, revisando seu correio eletrônico e rastreando suas comunicações por WhatsApp desde o ano passado, reportou a AP.

"Eu sempre enfrentei dificuldades em relação à segurança. Mas a interceptação das minhas comunicações é uma novidade para mim", disse Sanguino.

Nesta sexta-feira (17), um grupo de parlamentares colombianos de oposição entrou com processo na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), apresentando provas de um suposto esquema de espionagem ilegal.

Senadores colombianos buscam proteção em meio a escândalo de espionagem

De acordo com os senadores, alguns membros do Exército teriam colaborado com o partido do presidente colombiano, Iván Duque, para monitorar diversos alvos. A divulgação dos detalhes desencadeou o maior escândalo de espionagem da década na Colômbia.

"Queremos pressionar o governo para que as investigações sejam levadas adiante com todo o rigor. Acredito que o importante não é saber quem está sendo monitorado, mas sim quem ordena as interceptações", declarou Sanguino.

O apelo à CIDH feito por Sanguino junto com os senadores Iván Cepeda e Roy Barreras ocorreu depois da publicação de uma matéria na revista colombiana Semana, que denunciou a espionagem de diversos membros da oposição, além de juízes e jornalistas, pelo Exército do país sul-americano no ano passado.

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