Um dos denunciados é justamente o ex-CEO da Vale, Fabio Schvartsman. A denúncia aponta que houve uma "relação de pressão", recompensas e conflito de interesses entre a Vale e TÜV SÜD.
De acordo com o Ministério Público, dos indiciados 11 são da Vale e 5 da TÜV SÜD. As informações foram publicadas pela revista Exame.
Conforme a investigação, a barragem apresentava uma "situação crítica", mas as empresas “seguiram aprofundando a situação de emergência da barragem”.
Em nota citada pela revista, a TÜV SÜD informou que as causas do desastre "ainda não foram esclarecidas de forma conclusiva" e que a empresa “reitera seu compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos".
Segundo o MPMG, ficou comprovada a "promíscua relação entre as duas empresas no sentido de esconder do poder público, sociedade e acionistas a inaceitável situação de segurança de várias barragens de mineração mantidas pela Vale".
Desde a tragédia, o Corpo de Bombeiros permanece realizando buscas para encontrar os corpos. A barragem se rompeu em janeiro de 2019, resultando em 270 mortes e na destruição de casas e equipamentos públicos na cidade, que fica próxima à capital mineira, Belo Horizonte.