De acordo com o especialista militar Aleksei Leonkov, os drones estratégicos Global Hawk não proporcionariam nenhuma vantagem adicional à OTAN, uma vez que os aviões de reconhecimento da aliança já seriam capazes de cumprir funções de espionagem.
"A declaração é interessante, claro, por ser dita por uma pessoa que talvez seja leiga na matéria, mas para um especialista ela não representa nada demais", concluiu Leonkov.
Para o analista, os aviões de reconhecimento P-8 Poseidon e RC-135 teriam capacidades de observação similares às dos drones Global Hawk.
"A OTAN espera que se eles [drones] voarem por muito tempo a uma altura de 18 quilômetros nós não iremos vê-los?", questionou Leonkov.
O analista explicou que a Rússia utiliza sistemas de guerra eletrônica para conter esse tipo de ameaça.
"Vamos vê-los, saber disso, colocaremos interferências com os sistemas de guerra eletrônica. Assim o drone não vai ver o que não deve", disse.
Anteriormente, o jornal norueguês Verdens Gang noticiou que os novos drones Global Hawk da OTAN seriam capazes de espionar o território russo em um raio de até 200 quilômetros.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, teria dito que os veículos autônomos proporcionariam uma vantagem à aliança frente à Rússia e China.