O dado foi revelado pelo presidente do Iraque, Barham Salih, nesta quarta-feira (22), no Fórum Econômico Mundial, em Davos. Salih acusa criminosos como responsáveis pelas mortes de manifestantes.
"É devastador e doloroso, e até vergonhoso, que os atos de violência cometidos por foras da lei tenham levado à morte de mais de 600 manifestantes pacíficos inocentes, a maioria jovens, e muitos seguranças", afirmou Salih.
O presidente iraquiano ainda acrescentou que condena as mortes e que haverá punição contra os responsáveis.
"Não é preciso dizer que eu condeno esses crimes nos termos mais fortes, e os autores, mais cedo ou mais tarde, terão que ser tratados de acordo com a lei", disse.
O Iraque enfrenta protestos em todo o país desde outubro de 2019. O povo iraquiano saiu às ruas exigindo o fim do governo, além de reformas econômicas, melhores condições de vida, bem-estar social e combate à corrupção.
As manifestações levaram à renúncia do primeiro-ministro do país, Adel Abdul Mahdi, em novembro passado. No entanto, ele permanece no cargo até que um substituto seja apontado.