Os militares russos noticiaram que as forças governamentais sírias se retiraram, nesta quarta-feira (22), da zona de trégua de Idlib, em função de ataques dos militantes.
"Às 7h00 [horário local], os militantes conseguiram romper as linhas de defesa do governo sírio, em uma profundidade de 1,2 quilômetros e em cerca de 3,5 quilômetros de extensão. Os povoados de Huayn El Shaaf e Samka foram ocupados", informou o centro russo de reconciliação da Síria.
Dados fornecidos pelas Forças Armadas russas apontam que os ataque vitimaram até 50 combatentes, e mais de 90 soldados teriam ficaram feridos como consequência dos ataques.
"Durante os ataques de grupos militantes ilegais contra forças do Exército sírio, foram eliminados cerca de 50 combatentes e 90 ficaram feridos. As perdas das forças governamentais sírias são de 40 militares mortos e cerca de 80 feridos", informou o centro de reconciliação.
"O ataque foi precedido por tiroteio massivo com o uso de armas caseiras [lança-morteiros artesanais que disparam botijões de gás], sistemas múltiplos de foguetes e drones artesanais. Como resultado do ataque, os soldados das forças sírias foram forçados a deixar suas posições e seguir para sul", relatou a organização russa.
Além do incidente em Idlib, os militares sírios teriam repelido um ataque em Aleppo, que teria deixado dez soldados feridos.
De acordo com o informe, "na noite de 22 de janeiro, cerca de 200 militantes do grupo Partido Islâmico do Turquestão [organização proibida na Rússia], com auxílio de duas picapes, um tanque, dois veículos de combate de infantaria e dois carros adaptados para combate, chamados 'picape da jihad', atacaram posições do governo sírio no sudeste da zona de trégua de Idlib".
A SANA também informou que, nesta quinta-feira (23), carros bomba e artilharia pesada foram utilizados contra posições do Exército governamental sírio na província.
A província de Idlib é o ultimo território ocupado por rebeldes na Síria. Nas últimas semanas, milhares de pessoas deixaram o território em função da violência.