O povoamento descoberto pelos pesquisadores teria contribuído geneticamente para as populações que habitam a África atualmente. Os pesquisadores retiraram as amostras de DNA das quatro crianças, cujos restos mortais foram encontrados em Camarões, e descobriram que o DNA delas é muito mais próximo ao DNA de grupos da África Central falantes de bantu.
Além disso, foram encontrados inúmeros artefatos e 18 sepultamentos em um abrigo na rocha que as pessoas usaram por ao menos 30 mil anos, revelando a misteriosa "tribo fantasma".
O novo estudo publicado na revista Nature indica que, ainda que tenham vivido com milhares de anos de diferença, essas crianças eram "primos distantes".
Um terço do DNA delas vem de ancestrais mais próximos a caçadores na África Central Ocidental, enquanto o resto pertence a uma "população perdida há muito tempo de humanos modernos que não conhecíamos antes", afirmou o pesquisador geneticista David Reich, da Universidade de Havard, para a revista Science.
Esta é a prova de que as populações de línguas bantu, que incluem várias centenas de grupos da África subsaariana, não vieram da África Central antes de se espalharem pelo continente, mas se mesclaram a tribos de outras partes da África.
Além disso, os pesquisadores também repararam que os genomas das crianças demonstram sinais de misturas, sugerindo que seus ancestrais se cruzavam com diferentes populações. Diversas linhagens, datando de diferentes períodos históricos, foram encontradas na região.