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Secretário: déficit primário brasileiro pode ser zerado até 2022

A recuperação da economia e a continuidade do ajuste fiscal podem fazer o governo zerar o resultado negativo nas contas públicas até o fim de 2022, disse nesta quinta-feira o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.
Sputnik

Em reunião com jornalistas, Waldery Rodrigues confirmou que a equipe econômica antecipou em um ano a reversão do déficit primário.

Segundo o secretário, a dívida pública deve fechar 2019 com pequena queda.

O Ministério da Economia projeta que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), indicador divulgado pelo Banco Central (BC), tenha encerrado o ano passado em 77% do Produto Interno Bruto ou num percentual um pouco menor. O número final da DBGG será divulgado no próximo dia 31.

Se o valor se confirmar, essa será a primeira queda anual desde 2013. O secretário também informou que a equipe econômica prevê economizar R$ 417 bilhões de juros da dívida pública entre 2019 e 2022.

O déficit primário ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada, sem considerar os juros da dívida pública. Desde 2014, o governo tem registrado resultados negativos nas contas.

"O nosso trabalho interno é de redução ao máximo do déficit. Entendemos que tenhamos o primário zerado antes de dezembro de 2022. É possível", disse Rodrigues, citado pela Agência Brasil.

O déficit primário de 2019 também será divulgado no dia 31. Rodrigues prevê que o resultado negativo do setor público consolidado tenha fechado o ano passado em torno de R$ 70 bilhões, pouco mais da metade da meta de déficit de R$ 132 bilhões para os quatro níveis de governo. O Orçamento de 2020 estipula meta de R$ 118,9 bilhões de resultado negativo.

"O ajuste fiscal não foi nem metade feito do que é necessário fazer para ter equilíbrio nas contas públicas. Quando iniciamos o governo, estávamos iniciando o sexto ano consecutivo de déficit. O dever de casa do ponto de vista fiscal foi bem realizado em 2019 e tem de continuar com essas reformas estruturais que modernizam o Estado e trazem o controle das contas públicas", concluiu o secretário.
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