"A presidente constitucional Jeanine Áñez considera que é comum que, às vésperas da inscrição dos candidatos que participarão do processo eleitoral livre, imparcial e transparente de 3 de maio, ocorram ajustes na equipe de trabalho do órgão executivo. Portanto, ela decidiu solicitar a renúncia de todos os ministros para enfrentar esse novo estágio da gestão da transição democrática", diz o documento, reproduzido por órgãos de imprensa.
Ainda de acordo com a nota, Áñez promete completar a sua equipe de governo no menor tempo possível, de maneira a dar "continuidade aos objetivos traçados no início de sua gestão".
"A presidente se compromete que sua candidatura [para as próximas eleições] não afetará em nada seu propósito de trabalhar para todos os bolivianos, buscando a paz e a estabilidade da Bolívia."
Áñez anunciou na sexta-feira à noite que será candidata nas eleições gerais de 3 de maio, liderando uma frente em que o principal parceiro é seu partido direitista Democratas (Movimento Democrático Social).
A indicação da senadora que se autoproclamou chefe de Estado em 12 de novembro, após a renúncia forçada do então presidente Evo Morales (2006-2019), foi revelada apenas três horas antes do final do registro de alianças políticas para as próximas eleições.