A acusação foi apresentada por Avichai Mandelblit ao Tribunal Distrital de Jerusalém nesta terça-feira, abrindo caminho para o julgamento de Netanyahu.
A medida tornou-se possível depois que o primeiro-ministro oficialmente parou de buscar imunidade parlamentar da acusação no início do dia. O Parlamento deveria se reunir nesta terça-feira para votar na formação de um comitê para discutir o pedido de Netanyahu.
Netanyahu, que nega todas as alegações de corrupção, argumentou que ele "não recebeu o devido processo", enquanto o resultado da próxima votação sobre sua possível imunidade foi "predito sem discussão apropriada".
O primeiro-ministro israelense é acusado de fraude, suborno e quebra de confiança em três casos geralmente apelidados na mídia como Caso 1000, Caso 2000 e Caso 4000.
No Caso 1000, Netanyahu está sendo acusado de aceitar presentes como charutos e champanhe no valor de mais de US$ 264.000 do produtor de filmes israelense Arnon Milchan e do bilionário australiano James Packer em troca de "favores".
Os Casos 2000 e 4000 lidam com o primeiro-ministro supostamente tentando comprar cobertura positiva da imprensa dos empresários Arnon Mozes e Shaul Elovitch, que controlam o jornal Yedioth Ahronoth e o site de notícias Walla!, respectivamente.
Sobre as acusações, Netanyahu argumentou que não é ilegal aceitar presentes de amigos e negou ter feito algo de errado em troca deles. O primeiro-ministro também rejeitou a acusação de que ele usava sua autoridade para beneficiar a mídia mencionada.
Em novembro, quando as acusações foram anunciadas, Netanyahu as chamou de "uma tentativa de golpe baseada em fabricação e um processo investigativo contaminado e tendencioso".