Ambos os pacientes são cidadãos chineses e apresentam quadro estável, sem manifestações clínicas ou febre alta, informou o Serviço Federal de Defesa dos Direitos dos Consumidores e Bem-Estar Humano da Rússia.
Os dois primeiros casos na Rússia foram confirmados nas regiões do Transbaikal e de Tyumen, na Sibéria. As localidades estão separadas por uma distância de cerca de 4.000 quilômetros.
Os pacientes foram submetidos a regime de "monitoramento rigoroso" e foram colocados em quarentena, informou a vice-primeira-ministra do país, Tatiana Golikova.
Como medida preventiva, a Rússia irá iniciar a evacuação de mais de 300 cidadãos que permanecem na cidade de Wuhan, na província de Hubei.
Além disso, cerca de 2.665 russos estão na ilha turística chinesa de Hainan, e todos irão voltar à Rússia. Moscou deve aplicar o regime de quarentena somente para aqueles que apresentarem sintomas da doença ou febre.
O plano completo para a prevenção da proliferação do vírus foi aprovado e será apresentado ao primeiro-ministro, acrescentou Golikova.
Dentre as medidas, está a proibição da emissão de novos vistos de trabalho para cidadãos chineses.
A vice-primeira-ministra disse que a Rússia irá fornecer ajuda humanitária para auxiliar a China no combate ao vírus. Especialistas do Ministério da Saúde e do Serviço Federal de Defesa dos Direitos dos Consumidores e Bem-Estar Humano devem ser enviados para o país asiático.
Golikova informou ainda que a Rússia e a China estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina eficaz para o coronavírus, mas que ainda é cedo para dizer em quanto tempo ela ficará pronta.
A Rússia decidiu suspender todos os voos para a China, menos os voos operados pela companhia Aeroflot com destino a Pequim, Xangai, Guangzhou e Hong Kong.
Até agora, 213 casos fatais da doença foram registrados, e mais de 9.800 pessoas foram infectadas. A grande maioria dos casos ocorreu na China, mas já são cerca de 100 casos em outros 20 países. A Rússia é, agora, o 21º país a confirmar caso de coronavírus.