De acordo com a informação que chegou ao centro de reconciliação na segunda-feira (3) à noite, membros do autodenominado grupo de defesa civil (que opera exclusivamente em territórios controlados por militantes antigovernamentais) foram vistos chegando à cidade síria de Maarat al-Artik e preparando uma "provocação com o uso de agentes tóxicos".
Cerca de 15 Capacetes Brancos foram vistos no local, ao lado de militantes do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) - grupo terrorista afiliado à Al-Qaeda e anteriormente denominado Frente al-Nusra (organizações terroristas proibidas na Rússia e outro países) - informaram dois moradores locais, acrescentando que dois veículos entregaram cerca de 400 litros (100 galões) de produtos químicos na cidade.
Segundo os relatos, aproximadamente 200 pessoas, incluindo crianças (a maioria familiares de militantes do HTS, que tinham sido evacuadas para Idlib de outros lugares na Síria) poderiam estar envolvidas na encenação de ataques químicos de falsa bandeira.
O centro russo denunciou Mahi al-Din al-Am como sendo o comandante militante envolvido no plano, afirmando que foi este mesmo homem que ajudou a encenar e filmar o alegado ataque químico na cidade síria de Khan Shaykhun em abril de 2017.
Plano criminoso
Para evitar uma escalada de tensões, o centro pediu aos militantes que abandonassem seu "plano criminoso" e pediu à Turquia, que recentemente enviou tropas para Idlib, controlada por grupos extremistas, que exercessem "toda a pressão possível".
Após o incidente de Khan Shaykhun em 2017, os EUA lançaram mísseis contra a Síria. Outro ataque aéreo e de mísseis foi lançado em abril de 2018, após um incidente químico similar na cidade síria de Douma, perto de Damasco.
Apesar de a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) ter dito que o ataque em Douma pode ter acontecido, denunciantes tornaram público recentemente que as provas do caso foram adulteradas para chegar a essa conclusão, enquanto avaliações dos peritos internos da OPAQ foram ignoradas.