Esqueleto descoberto em caverna submersa do México revela misterioso crime (FOTO)

O esqueleto de uma mulher, morta aproximadamente há 9 mil anos, foi descoberto em uma caverna submersa na península de Iucatã, no México. A mulher, que teria em torno de 30 anos quando morreu, tinha três fraturas em seu crânio.
Sputnik

Pesquisadores afirmam que é possível que ela tenha sido expulsa de sua tribo e morta na caverna, ou atacada e depois levada para o local, revela a publicação Newsweek.

Este é o terceiro esqueleto a ser encontrado na caverna de Chan Hol, no estado mexicano de Quintana Roo. O mais antigo dos três exemplares, descoberto em 2009, pertencia a um homem jovem que viveu há 13 mil anos – sendo um dos mais antigos exemplos de humanos vivendo nesta região.

Por este motivo, as cavernas de Iucatã se tornaram objeto de muitas pesquisas nos últimos anos, sendo de grande importância para compreender a história das migrações humanas nas Américas.

Wolfgand Stinnesbeck, da Universidade de Heildeberg (Alemanha), é o principal autor do estudo publicado no portal PLOS Ones, relatando a descoberta do último esqueleto, que foi nomeado Chan Hol 3.

Stinnesbeck disse à Newsweek que sua equipe acredita que a península mexicana estava isolada ao longo de diversos períodos durante o Pleistoceno, quando estes ancestrais do homem moderno viveram.

Esqueleto descoberto em caverna submersa do México revela misterioso crime (FOTO)

A caverna estaria acima do nível do mar na época, somente sendo submersa milhares de anos depois. Aparentemente, os humanos usaram esta caverna por ao menos 1.200 anos antes de ser inundada, afirma o pesquisador.

Análises do crânio do último esqueleto encontrado sugerem que a mulher foi atingida na cabeça três vezes com um objeto contundente. Existem alguns sinais de recuperação nos ossos. "É provável que eles [os golpes] tenham causado a sua morte, mas não há evidências positivas para esse cenário", comenta Stinnesbeck.

"A recuperação [do crânio] nos indica que ela estava viva por ao menos um curto período após o traumatismo", completa o antropologista biológico e forense Samuel Rennie, um dos autores do estudo, à Newsweek. "O que aconteceu depois disso, no entanto, é desconhecido até ser feita uma análise mais aprofundada".

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