"Entendemos que, como estratégia, o Mercosul deve celebrar acordos de comércio com outros países para crescer", disse Solá após encontro com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, segundo publicado pela Folha de S.Paulo.
Além disso, Solá garantiu que a Argentina não sera "uma trava" para as negociações de acordos comerciais do Mercosul.
O bloco terminou no ano passado negociações para assinar acordos com a União Europeia e a Efta (Associação Europeia de Comércio Livre), mas os tratados, acertados quando a Argentina era governada por Mauricio Macri, ainda precisam ser ratificados, processo que pode ser lento.
'Vemos esses acordos com uma mente aberta'
"Nós vemos esses acordos com uma mente aberta e vamos atuar para não sermos uma trava", acrescentou.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O encontro de Solá com Araújo, o primeiro de alto nível desde a eleição de Alberto Fernández na Argentina, aconteceu no Itamaraty. À tarde, ele esteve no Palácio do Planalto, onde foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Após a vitória do candidato de centro-esquerda, Bolsonaro lamentou o resultado do pleito no país vizinho. Fernández, por sua vez, respondeu criticando Bolsonaro. Após a posse do argentino, no entanto, o tom do diálogo entre os dois governos se tornou mais pragmático.
Chanceler pede ajuda do Brasil com FMI
Solá também pediu apoio do Brasil na renegociação da dívida argentina no FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Pedimos ao Brasil que também nos apoie da maneira possível no FMI, porque é o primeiro passo de uma escada com muitos degraus", afirmou.