A indicação foi publicada nesta sexta-feira (14) no Diário Oficial da União. Pelo decreto, a Secretaria de Assuntos Estratégicos ganhou novo status, deixando de ser um departamento interno da Secretaria-Geral da Presidência e passando para a subordinação direta do presidente.
Rocha era comandante do 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro.
Em entrevista para o Estadão no dia 5 de fevereiro, Bolsonaro antecipou a intenção de chamar o almirante para trabalhar no governo.
"É sempre bom ter pessoas qualificadas, com o coração verde e amarelo para estar do nosso lado", afirmou para o jornal.
A função da pasta é ajudar o presidente na coordenação das ações do governo, o que originalmente deveria ser executada pela Casa Civil, que estava sob o comando de Onyx Lorenzoni.
General assume Casa Civil
Na quinta-feira (13), Bolsonaro anunciou que Osmar Terra deixaria o Ministério da Cidadania. O posto será ocupado por Onyx, enquanto Terra reassumirá seu mandato de deputado federal.
Já a Casa Civil, cargo mais próximo ao Planalto, será ocupada pelo general Walter Souza Braga Netto, que durante dez meses, em 2018, foi interventor militar na área de segurança pública do Rio de Janeiro.
Agora, todos as pastas com status de ministério vinculadas à Presidência estão ocupadas por militares: Braga Netto (Casa Civil); general Luiz Eduardo Ramos (secretaria de Governo); general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o policial militar da reserva Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência).
'Ficou completamente militarizado meu terceiro andar'
Em transmissão realizada ontem pelo Facebook, Bolsonaro mencionou esse fato. "Trocamos hoje dois ministros, né? Ficou completamente militarizado o meu terceiro andar. São quatro generais ministros agora", disse.
O almirante Rocha é o terceiro secretário de Assuntos Estratégicos, pasta que teve status de ministério durante o governo Dilma, desde o início do mandato de Bolsonaro. Antes dele e de seu antecessor, a secretaria foi comandada pelo general Maynard Marques de Santa Rosa, que pediu demissão em novembro do de 2019.