Administração Trump é a mais arrogante e corrupta da história dos EUA, diz líder do Hezbollah

Líder do Hezbollah defendeu que libaneses deixem de usar o dólar norte-americano e pediu um boicote à compra de produtos dos EUA, em retaliação aos "crimes" cometidos pela Casa Branca.
Sputnik

Neste domingo (17), o secretário-geral do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, proferiu um discurso no qual acusou a administração Trump de ser "a mais injusta e corrupta" da história dos EUA.

O líder ainda pediu que os libaneses deixem de utilizar o dólar norte-americano, a fim de retaliar os EUA pelos seus "crimes".

"A administração Trump cometeu dois crimes recentemente: primeiro, o assassinato do tenente general Qassem Soleimani [...] segundo, o anúncio do chamado 'acordo do século'", disse, se referindo ao plano da Casa Branca para a questão israelo-palestina.

Para ele, o 'acordo do século' tem o objetivo de liquidar a causa palestina, reportou a agência de notícias Tasnim.

"Não é um acordo. É uma proposta de Trump para liquidar a causa palestina. Nenhum dos grupos palestinos irá aprovar o plano", declarou.

Nasrallah defendeu o boicote à compra de produtos norte-americanos, uma vez que Washington usaria do seu poderio econômico para pressionar os países árabes a atenderem as suas demandas.

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Ele elogiou o Líbano por ter rejeitado a adoção do plano da Casa Branca, que seria uma "ameaça" para o Líbano.

Nasrallah disse que um dos pontos mais preocupantes do plano é desconsiderar o status de refugiados dos palestinos que vivem em países árabes. Mais de 470 mil refugiados palestinos residem no Líbano, que foi palco de massacres como os de Sabra e Shatila.

De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos, estes vivem em situação precária e não usufruem de direitos básicos garantidos a estrangeiros no Líbano, uma vez que formalmente não são cidadãos de nenhum país.

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O plano da Casa Branca estabelece que "os irmãos árabes têm a responsabilidade moral de integrar os [refugiados palestinos] em seus países".

Países como o Líbano e a Jordânia argumentam não ter capacidade econômica para integrar todos os refugiados palestinos e responsabilizam Israel pela crise humanitária que se estende há pelo menos sete décadas.

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