A companhia britânica BAE Systems ensaiou com sucesso o lançamento de uma aeronave não-tripulada, Phasa-35, com o objetivo de agir como alternativa a satélites que orbitam a Terra, relata o jornal Blackpool Gazette. Tal como estes, ela poderá funcionar como fornecedor de sinal 5G em locais para cobertura móvel em casos de emergência.
Tal como seu nome indica, a aeronave de fibra de carbono tem 35 metros de envergadura de asa.
Os ensaios tiveram lugar no campo de testes da Força Aérea Real australiana de Woomera, no estado da Austrália do Sul.
"Este é um excelente resultado inicial que demonstra o ritmo que pode ser alcançado quando reunimos o melhor da capacidade britânica. Ir do projeto ao voo em menos de dois anos mostra que podemos estar à altura do desafio que o governo britânico colocou à indústria para fornecer um Sistema Aéreo de Combate do Futuro [Future Combat Air System] durante a próxima década", disse Ian Muldowney, diretor de Engenharia da BAE Systems.
Estão planejados mais voos para o fim de 2020. Caso continuem bem-sucedidos, poderá começar a servir clientes até um ano após a conclusão do programa de ensaios de voo.
Características do projeto
A Phasa-35 voará a uma velocidade lenta. Com suas asas de painel solar e bateria de alta tecnologia, a aeronave pode permanecer no ar durante meses, sendo mais móvel e muito mais barata do que um satélite.
Projetado para operar na estratosfera, o avião poderá observar a navegação comercial, incêndios florestais, fronteiras, ou ser usado em áreas de controle de desastres. A empresa acredita que no futuro tais máquinas serão importantes no mercado aéreo e espacial.
O projeto tem sido desenvolvido nos últimos 2 anos como parte de uma colaboração entre especialistas da BAE Systems em Warton, Lancashire, no Reino Unido, e da Prismatic Ltd., que a empresa comprou no ano passado.