"Os engenheiros em ciência biomédica da Universidade Duke (EUA) demonstraram que [...] os capacetes militares modernos não protegem melhor a cabeça de ondas de choque criadas por uma explosão que os equivalentes da Primeira Guerra Mundial", indica um estudo sobre equipamentos militares, conforme revela a AFP.
"Um modelo particular, o capacete francês Adrian, apresenta de fato melhores resultados que os modelos modernos na proteção contra explosões", acrescenta o estudo, enquanto o Pentágono anuncia que 109 militares norte-americanos sofreram contusões devido aos impactos de mísseis iranianos em um base no Iraque.
O capacete Adrian foi distribuído a partir de 1915 para proteger as tropas francesas de estilhaços de explosões nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
[Objeto da semana] Este capacete Adrian modelo 1915 equipou o Exército romeno durante a Primeira Guerra Mundial e depois. Testemunha de combates na Europa Oriental, esta peça revela sua história na exposição Guerra Sem Fim
Pesquisadores norte-americanos compararam três capacetes desse período e modelos utilizados atualmente pelo Exército dos Estados Unidos, considerando que as batalhas em trincheiras foram as mais semelhantes aos atuais combates com grupos jihadistas.
A pressão exercida sobre os capacetes foi análoga à necessária para provocar hemorragias cerebrais e os testes demonstram que o risco foi de 50% sem proteção, 5% com o atual modelo dos EUA e somente 1% com o capacete francês, detalha o estudo.
"A principal diferença é a crista que existia na parte superior do capacete. Mesmo que ela tenha sido concebida para proteger de estilhaços de metal, esta característica poderia muito bem proteger de ondas de choque", conclui Joos Op't Eynde, um dos autores do estudo, antes de recomendar um novo design para novos modelos.