Considerado o maior achado arqueológico das Canárias do último século, a descoberta ocorreu em junho de 2019, mas só agora teve seus detalhes divulgados.
Os pesquisadores agora têm um desafio pela frente, pois parte da caverna desmoronou no passado e a chuva, o sol, as mudanças de temperatura e até mesmo as aves há muito tempo que estão corroendo o que antes eram 72 múmias completas, agora reduzidas a uma coleção de ossos desorganizados, mas que retêm informações valiosas em risco de desaparecer para sempre.
Os resultados das investigações preliminares do local do enterro coletivo, encontrado pelo grupo de entusiastas da arqueologia chamado El Legado, foi descrito como "excepcional e fabuloso".
"Tem sido como uma viagem através do tempo", afirmou a arqueóloga Verónica Alberto, citada pelo El Confidencial.
A caverna explorada de Guayadeque é uma cavidade aborígene e tem mil anos de idade
Uma caverna intacta com 72 múmias em Guayadeque
Arqueólogos canários encontram uma caverna de enterro aborígene intacta
As primeiras evidências indicam que a caverna tem mil anos de idade e remonta aos séculos IX e X, embora mais pesquisas possam trazer à tona restos ainda mais antigos.
Um detalhe da descoberta é que ela contém, entre outras múmias de mulheres e homens de todas as idades, os restos de jovens e de pelo menos dez recém-nascidos, o que pode ajudar a avançar a pesquisa sobre a infância nos tempos dos antigos canários, uma área que tem sido pouco explorada porque a presença de crianças neste tipo de enclave não é comum.