Moro participou no estado de reunião ao lado do governador Camilo Santana (PT) e dos ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça, para acompanhar a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará.
"Não há uma situação de absoluta desordem nas ruas", afirmou o ministro, que sobrevoou a região metropolitana de Fortaleza, segundo matéria publicada pelo portal G1.
"As forças estão aqui subsidiariamente pra atender a uma situação que nós entendemos ser temporária e que deve ser resolvida brevemente. Existe um indicativo de aumento de alguns crimes mais violentos, mas não há uma situação de absoluta desordem nas ruas", disse Moro.
Desde início do motim foram registrados 147 homicídios
Desde o início do movimento houve um aumento dos crimes violentos no Ceará. Entre quarta-feira (19) e domingo (23), 147 homicídios foram registrados no estado pela Secretaria da Segurança Pública (SSPDS), segundo balanço divulgado hoje.
Antes do motim, a média de assassinatos por dia em 2020 era de seis. Os policiais reivindicam melhores salários e condições de trabalho.
Com mais de 70 mortes somadas, sexta-feira e sábado foram os dois dias mais violentos do estado desde 2012, ano da última paralisação de PMs no Ceará. As Forças Armadas foram enviadas ao Ceará até que a crise gerada pela paralisação dos policiais seja resolvida.
'As pessoas estão nas ruas'
"As pessoas estão nas ruas, nós circulamos nas ruas. Não existem, por exemplo, saques a estabelecimentos comerciais, nem nada disso. A situação está sob controle, claro dentro de um contexto relativamente difícil em que parte da polícia estadual está paralisada", afirmou o Moro.
O governo afastou 168 policiais militares por participação no motim. Eles ficarão 120 dias fora de serviço, tempo em que deixarão a folha de pagamento.
Na quarta-feira (19), o senador licenciado Cid Gomes investiu em uma retroescavadeira contra policiais amotinados no 3º Batalhão da Polícia Militar em Sobral, no interior do estado do Ceará. Ele foi baleado no peito e passou cinco dias internado.