Os ativistas do grupo de conservação zoológica Pelagis descobriram cerca de 670 golfinhos mortos ao longo das praias da costa atlântica francesa até meados de fevereiro, e afirmaram que o número de mamíferos mortos deverá ser muito superior, informou na quarta-feira (26) a emissora Deutsche Welle.
Os ativistas culpam as redes de pesca de malha apertada pelo número de animais mortos, acrescentando que muitos deles também parecem ter sofrido ferimentos causados por equipamentos de pesca.
"O nível de mortes por captura não é aceitável. Isto pode levar à extinção das populações locais da espécie", declarou a comissária de Pesca da União Europeia, Virginijus Sinkevicius, acrescentando que os números eram "inaceitáveis".
Os ativistas observam que o número real de criaturas mortas pode ser muito maior, já que muitos golfinhos não se afundam nas praias, mas, sim, no fundo do mar.
Segundo Matthieu Authier, da Universidade de La Rochelle, a costa das regiões noroeste da Bretanha e Vendee são as áreas mais afetadas, já que no ano passado foram encontrados lá mais de 11 mil golfinhos mortos.
Em janeiro de 2020, as autoridades francesas emitiram um regulamento que estipula o uso de "pingers" (dispositivos especiais que emitem sinais acústicos) em alguns arrastões de pesca em movimento para proteger golfinhos.