Omar González Moreno, membro da Assembleia Nacional venezuelana, relatou ao jornal Semana sobre o ataque de piratas e o assassinato do capitão do navio de bandeira grega San Ramón na baía de Pozuelos, ao largo da cidade portuária de Puerto La Cruz.
González, citado pela mídia, disse que este é o primeiro ataque pirata na região a um cargueiro. Antes, eram atacados pequenos navios e iates, principalmente os turísticos.
Na noite de 24 de fevereiro, seis criminosos armados em uma lancha aproximaram-se do navio e subiram a bordo usando equipamento de alpinismo. A tripulação do cargueiro, que incluía sete colombianos, dois venezuelanos e um cubano, além do capitão do navio, Jaime Herrera Orozco, de 58 anos e de nacionalidade colombiana, foi capturada.
Piratas que atacaram o cargueiro San Ramón hoje, na baía de Pozuelos, ao largo de Puerto La Cruz; não só mataram o capitão do navio, como também feriram um sargento da Guarda Costeira venezuelana e aprisionaram o resto da tripulação
"Houve um rumor de que havia uma grande quantidade de dinheiro [cerca de US$ 36.000, equivalente a R$ 158.000] no cofre do navio. Eles [os piratas] amordaçaram a tripulação e pediram repetidamente ao capitão para dizer a eles onde estava o dinheiro, mas, perante a resistência, decidiram dar um tiro na cabeça dele", disse o delegado.
Segundo a edição, um oficial da Guarda Costeira foi ferido no assalto, enquanto outro membro da tripulação, um eletricista, saltou do navio durante o ataque e não foi encontrado até agora.
O deputado venezuelano declarou que a embarcação estava ancorada em Puerto La Cruz há 65 dias por ter sido detida pelas autoridades por suspeita de contrabando, mas no momento do ataque o navio já estava na posse dos documentos de saída.