Paquistão critica acordo bilionário entre EUA e Índia e vê ação para desestabilizar região

O Paquistão manifestou preocupação com o recente acordo de armas de vários bilhões de dólares assinado entre os EUA e a Índia, insistindo que seu rival com armas nucleares está perturbando a estabilidade no sul da Ásia.
Sputnik

Na esteira da troca de US$ 3 bilhões na semana passada - que fará a Índia comprar 24 helicópteros MH-60R Seahawk da gigante norte-americana Lockheed Martin - a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, Aisha Farooqui, disse que a medida foi alarmante e revelou a intenção hostil de Nova Deli contra Islamabad.

"O Paquistão tem preocupações com acordos de defesa com a Índia, particularmente com a venda de sistemas sofisticados de armas para a Índia, que acreditamos desestabilizariam ainda mais uma região já volátil", declarou Farooqui a repórteres na quinta-feira, acrescentando que o Paquistão leva "a retórica e a linguagem ameaçadora" dos indianos "muito a sério".

"Alertamos a comunidade internacional muitas vezes sobre os projetos agressivos da Índia, não apenas em relação ao Paquistão, mas também em relação a outros países da região", comentou.

O acordo sobre a venda dos helicópteros foi assinado durante a primeira visita de Estado do presidente dos EUA, Donald Trump, à Índia, na semana passada, com o líder dos EUA se vangloriando de que os dois países logo se tornariam "principais parceiros de defesa".

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Ele também observou que estavam em andamento negociações adicionais para vender drones e sistemas antiaéreos fabricados nos EUA em Nova Deli.

Enquanto isso, a cooperação em defesa entre o Paquistão e os EUA falhou nos últimos anos. Enquanto Islamabad há muito confia em Washington para obter equipamentos militares, o governo Trump retirou cerca de US$ 3 bilhões em ajuda de segurança ao país em 2018, alegando que estava "abrigando terroristas".

Desde então, o Paquistão recorreu a outras nações para ajudar no desenvolvimento de suas defesas - incluindo China, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos -, encontrando fontes alternativas de armas e equipamentos, além de realizar vários exercícios militares conjuntos.

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