Astrônomos trazem à tona exoplaneta usando novo método de busca

Novo método de caça a exoplanetas utilizando ondas de rádio semelhantes às existentes no Sistema Solar deverá abrir as portas da busca por exoplanetas menores.
Sputnik

Uma equipe de cientistas conseguiu detectar um planeta através do uso de ondas de rádio pela primeira vez, relata o portal Science Alert.

Como a fonte aponta, existem atualmente dois métodos principais de detecção de exoplanetas: um envolve detectar o mergulho da luz de uma estrela quando um planeta passa entre o observador e a estrela que orbita; o outro é baseado na detecção de uma "oscilação leve na posição de uma estrela quando ela é puxada pelo planeta".

O novo método

Desta vez, porém, astrônomos estudaram a atividade das ondas de rádio emanadas pela estrela GJ 1151, e detectaram uma aparente interação entre o campo magnético da estrela e um planeta em órbita, que parece ser semelhante à interação entre o campo magnético de Júpiter e seu satélite Io.

"Adaptamos o conhecimento de décadas de observações de rádio de Júpiter ao caso desta estrela", disse Joe Callingham, coautor do estudo, do Instituto de Radioastronomia dos Países Baixos (ASTRON). "Uma versão em escala de Júpiter-Io tem sido prevista há muito tempo em sistemas de planetas estelares, e a emissão que observamos se encaixa muito bem na teoria."

O novo método, baseado na análise dos sinais de rádio de uma estrela, oferece potencialmente novos meios de busca de exoplanetas menores, mais difíceis de detectar por outros meios, dando, assim, à humanidade mais oportunidades de encontrar mundos potencialmente habitáveis.

Astrônomos trazem à tona exoplaneta usando novo método de busca

"Nosso trabalho mostrou que isso é viável com a nova geração de radiotelescópios e nos colocou em um caminho emocionante", disse Harish Vedantham, autor principal do estudo, também do ASTRON, observando que o "objetivo dos cientistas a longo prazo é determinar qual o impacto da atividade magnética da estrela na habitabilidade de um exoplaneta, e as emissões de rádio são uma grande peça desse quebra-cabeça".

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