Mas o que iria acontecer se houvesse uma maneira de viajar entre as estrelas usando naves que se aproveitam dos fenômenos naturais para alcançar velocidades relativísticas (uma fração da velocidade da luz).
Cientistas já identificaram situações em que os objetos do nosso Universo são capazes de atingir tais velocidades, incluindo estrelas de hipervelocidade e meteoros acelerados por explosões de supernovas.
Tendo isso em mente e fazendo uma análise mais aprofundada, os professores Manasvi Lingam e Abraham Loeb recentemente analisaram de que maneira uma nave espacial interstelar poderia se aproveitar das ondas de energia produzidas pelas explosões de supernovas da mesma forma que os veleiros se aproveitam do vento.
O estudo Propulsão de Naves Espaciais a Velocidades Relativísticas Utilizando Fontes Astrofísicas, elaborado pelos cientistas, surgiu recentemente na web. Como explicam os pesquisadores, é possível que a civilização suficientemente avançada possa usar as explosões de energia liberadas pelas supernovas para acelerar as naves espaciais a velocidades relativísticas.
Estas naves espaciais poderiam usufruir de maneira vantajosa da força explosiva utilizando uma vela solar ou uma vela magnética, dois conceitos de propulsão que os astrofísicos examinaram detalhadamente.
Estes conceitos se baseiam na radiação eletromagnética gerada pelo Sol para criar pressão contra uma vela altamente refletora, dando origem à propulsão de uma maneira que não exija motores ou propulsores.
Uma vez que o propulsor é um dos contribuintes mais significativos para a massa total de uma nave espacial, os conceitos de vela solar e vela magnética têm vantagem de ser muito mais leves que as naves espaciais convencionais, por isso são muito mais baratas de enviar ao espaço.
Outra possibilidade é utilizar energia dirigida a laser para acelerar naves espaciais, o que lhe permitem alcançar velocidades muito mais altas do que seria possível usando apenas radiação solar.