'Primeira imagem em alta resolução': é liberada FOTO de suposto submarino cubano Delfin

H. I. Sutton, que colabora com a revista Forbes, desvendou um pouco mais de informação sobre o minissubmarino do país do Caribe, cujo segredo tem sido bem guardado.
Sputnik

Situada a cerca de 140 quilômetros do litoral da superpotência naval número um do mundo, a Marinha Revolucionária Cubana foi forçada a dispor de algumas soluções assimétricas de guerra naval. Entre elas está uma nova classe elusiva de submarinos anões.

Uma fotografia turística do porto de Havana captou o que pode ser a classe Delfin russa de submarinos anões da Marinha de Cuba, com o navio comprovando ser tão secreto que só se conhece a existência de mais uma foto dele.

O observador de defesa, analista de inteligência de código aberto, que também colabora com a Forbes, H. I. Sutton publicou um tweet com a foto do submarino, acompanhado por uma ilustração de seu possível aspecto.

Nova imagem revela submarinos secretos de Cuba. Primeira imagem em alta resolução da classe Delfin. Ainda ativa, é vista na sua maioria em torno de Havana.

Sutton lembrou que existe apenas uma outra foto do navio, extremamente granulosa e de baixa resolução.

O que se sabe sobre o submarino?

Existe pouca informação confirmada sobre a classe Delfin de submarinos anões. Pensa-se que tenham cerca de 21 metros de comprimento, com um deslocamento de 100 toneladas, e um armamento de dois lançadores de torpedos, capazes de lançar até seis torpedos de 533 milímetros.

O submarino movido a diesel é considerado suficientemente grande para uma tripulação de cinco pessoas, com apenas mais um tripulante do que um típico tanque de batalha principal. Acredita-se que o submarino esteja baseado em Cabanas, no noroeste de Cuba, a cerca de 50 quilômetros de Havana.

Detalhes sobre as origens do submarino são tão difíceis de encontrar como fotos. Pensa-se que o navio seja de um projeto nacional, com alguns observadores especulando que pode ter sido influenciado pela classe Yugo de minissubmarinos, concebidos pela Iugoslávia nos anos 60 e construídos pela Coreia do Norte até os anos 80 e utilizados para missões de infiltração e espionagem.

No entanto, também é possível que a classe Delfin possa derivar do Projeto 1015, um submarino anão soviético criado nos anos 70 para fins de teste. Esse navio tem sido frequentemente referido em fóruns online, mas sua existência ainda não foi verificada de forma independente.

Não está claro quantos submarinos da classe Delfin operam na Marinha da Cuba, com Sutton sugerindo que é apenas um, enquanto outras fontes sugerem que a marinha tem até quatro desses navios, com mais dois criados para uso civil.

Financiamento militar em tempos recentes

Outrora conhecida por ser uma das marinhas mais poderosas entre as nações do Caribe e armada com três submarinos, duas fragatas de mísseis guiados, um navio de inteligência, um enxame de navios de patrulha e varredores de minas menores, Cuba reduziu significativamente o ramo naval de suas Forças Armadas desde o fim da Guerra Fria, com o número diminuindo de 12.000 militares em meados dos anos 80 para cerca de 3.000 em meados dos anos 2000.

'Primeira imagem em alta resolução': é liberada FOTO de suposto submarino cubano Delfin

A falta de financiamento e apoio dos seus antigos aliados soviéticos levou a nação do Caribe a ser criativa, sabendo-se que o país converteu pelo menos dois arrastões de pesca de fabrico espanhol em fragatas armadas com mísseis antinavio, canhões antiaéreos e um helicóptero. Outras embarcações no inventário da Marinha incluem lanchas rápidas de patrulha e de mísseis, com os submarinos de construção soviética há muito colocados fora de serviço.

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