Às 10h25, o Ibovespa já havia recuado cerca de 9,53%, operando a 88.656 pontos, informou o portal G1.
Quando a queda ultrapassou 10%, a bolsa de valores brasileira acionou um mecanismo chamado "circuit breaker", que interrompe as negociações de ações por pelo menos 30 minutos.
As ações da Petrobras tiveram queda de 24% e empresas como a Via Varejo perderam 22% no valor de seus títulos em poucas horas.
O dólar, por sua vez, opera em alta e bateu novo recorde, atingindo R$ 4,79.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou a situação atípica nos mercados de ações e disse estar "absolutamente tranquilo".
"Já vivemos isso várias vezes. Conhecemos isso. Sabemos lidar com isso. Estamos absolutamente tranquilos, serenos", disse o ministro a repórteres.
O Ibovespa havia demonstrado sinais de debilidade nesta sexta-feira (6), quando fechou em baixa de 4,14%, menor índice desde agosto de 2019. O Ibovespa acumula queda de cerca de 15,28% no ano.
Nesta segunda-feira (9), os preços do petróleo recuaram 31%, após a Arábia Saudita cortar o valor do barril e iniciar uma verdadeira guerra de preços. A turbulência nos mercados mundiais aumenta o temor de recessão global.
A decisão saudita foi tomada após a reunião entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia não ter chegado a consenso sobre cortes na produção, para ajustar a oferta em meio à propagação do coronavírus.
A queda brusca nos preços do petróleo também refletiram nas principais bolsas europeias, que operam com queda de cerca de 7% e acumulam perdas de cerca de 20% no mês de março, reportou o G1.
O impacto negativo da decisão saudita, associado à propagação do coronavírus, aumentam o temor de uma crise na economia real.
A queda nos índices de consumo e no turismo, assim como os efeitos da COVID-19 nas cadeias de produção mundiais, podem levar a economia mundial a um novo período de recessão.