Em janeiro, as perdas aproximadas reportadas pela Boeing aos investidores foram de US$ 8,3 bilhões de dólares, correspondentes a indenizações aos clientes da companhia aérea, e outros US$ 6,3 bilhões, referentes ao aumento dos custos de melhoria da aeronave.
A empresa norte-americana informou posteriormente que o custo de melhoria da aeronave aumentará em mais US$ 4 bilhões.
Além disso, a Boeing criou um fundo de US$ 100 milhões para indenizar as famílias das vítimas de acidentes, embora, como referido pelo canal, o custo dos honorários de advogados possa aumentar ainda mais o montante.
Em outubro de 2019, um grupo de investigadores internacionais da JATR (Autoridades Conjuntas de Auditoria Técnica) identificou falhas significativas na certificação da aeronave 737 MAX, aprovada pela Boeing e pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA).
Série de acidentes
De acordo com os especialistas, não foram fornecidas à FAA informações importantes sobre a correção do sistema MCAS de estabilização do avião e o próprio regulador deu poderes excessivos à Boeing no processo de certificação.
No dia 29 de outubro de 2018, uma aeronave Boeing 737 Max 8 da companhia aérea low cost indonésia Lion Air, que havia decolado de Jacarta para uma ilha perto de Sumatra, caiu no mar matando 189 pessoas a bordo. Em março de 2019, uma aeronave semelhante da Ethiopian Airlines também caiu, causando a morte de 157 pessoas.
Após os acidentes, cerca de 20 países fecharam o seu território às aeronaves deste modelo, muitas companhias aéreas suspenderam a operação do Boeing 737 Max 8. Nos Estados Unidos, a FAA introduziu uma proibição à operação deste modelo.
No decurso da investigação das causas dos acidentes, foram identificadas falhas no funcionamento no sistema MCAS. A Boeing está trabalhando para corrigir esses problemas, tendo atualizado seu programa de treinamento de pilotos.