'Cabo de guerra': Pentágono e Lockheed Martin reclamam acesso a sistema do caça F-35

A empreiteira militar pretende manter acesso exclusivo aos direitos intelectuais do sistema informático do caça, mas Washington afirma precisar da informação para utilizar o avião eficazmente.
Sputnik

O Departamento de Defesa dos EUA está procurando obter acesso ao Sistema de Relatório de Falhas, Análise e Ação Corretiva (FRACAS) do caça F-35 Lightning II, relata o portal militar Jane's.

Segundo a fonte, os militares norte-americanos almejam os dados do sistema sobre o tempo médio de falha de vários componentes da aeronave, em particular, dos radares.

Tais informações permitirão aos militares determinar a lista de componentes do caça que na documentação oficial do projeto têm vida útil de 10 mil horas, embora o tempo real seja de cinco mil horas. A informação de reparação das peças também permitiria demorar menos tempo a repará-las, assegura o Pentágono.

No entanto, a montadora Lockheed Martin não quer abrir mão da mesma tecnologia, afirmando que detém os dados do sistema como sua propriedade intelectual. Já o Pentágono afirma que a empresa apenas possui os direitos do projeto da aeronave.

Segundo um antigo funcionário do programa Caça de Ataque Conjunto (JSF, na sigla em inglês) gerido por Washington, o Pentágono dirige a criação do caça no âmbito deste programa.

Perspectivas do avião

Em janeiro de 2020, a Lockheed Martin prometeu produzir 180 caças F-35 Lightning II anualmente, até 2024, e 4000 no total. Na terça-feira (10), a empresa anunciou a entrega do 500º avião de série a um cliente.

É planejado que os F-35 Lightning II norte-americanos se tornem durante a primeira metade do século XXI os caças principais de pelo menos 11 países: EUA, Reino Unido, Austrália, Itália, Canadá, Noruega, Países Baixos, Dinamarca, Israel, Japão e Coreia do Sul.

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