Bolsonaro tem sido questionado por sua atuação durante a pandemia do coronavírus. Apesar das recomendações de restrição de aglomerações, o presidente da República participou de manifestação contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (15). Além de cumprimentar apoiadores, o presidente também usou diversos celulares de manifestantes.
Bolsonaro também falou repetidas vezes sobre a existência de uma suposta "histeria" na discussão sobre a expansão da COVID-19 pelo mundo, classificada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em uma repentina mudança de tom, Bolsonaro e diversos ministros de seu governo concederam entrevista coletiva, com máscaras, nesta quarta-feira (18) e anunciaram medidas para tentar amenizar os extensos efeitos do coronavírus.
"É uma questão grave, mas não podemos entrar no campo da histeria", disse Bolsonaro na coletiva desta quarta-feira. O presidente também atacou, novamente, o tom da cobertura da imprensa sobre a crise global.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, testaram positivo para a COVID-19. Na semana passada, o secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, também testou positivo para a enfermidade. Ao todo, 18 membros da comitiva presidencial que esteve nos EUA para encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, foram contaminados pelo coronavírus, informa o jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde divulgado na quarta-feira, são 428 casos confirmados de COVID-19, além de outros 11.278 casos suspeitos e 4 óbitos.