Depois que se tornou público que os EUA venderiam seus caças F-35 Lightning II de quinta geração à Polônia por um preço mais alto do que à sua própria Força Aérea, o Departamento de Defesa dos EUA acabou por ter que dar uma explicação.
O contrato, assinado em 31 de janeiro para o fornecimento de 32 aeronaves, foi avaliado em um total de US$ 4,6 bilhões (R$ 23,1 bilhões). A formação dos pilotos terá início em 2024 nos EUA e os F-35A serão fornecidos à Polônia entre 2026 e 2030. Além dos próprios caças, o preço inclui o treinamento dos pilotos poloneses, o fornecimento de simuladores de voo e o apoio logístico.
Após o anúncio das condições do contrato, alguns jornalistas notaram que os F-35A foram vendidos à Polônia por cerca de US$ 9,46 milhões (R$ 47,4 milhões) a mais do que à Força Aérea dos EUA.
O Pentágono, por sua vez, especificou que a diferença de preço era devida a três fatores. A primeira é a comissão de US$ 5 milhões (R$ 25,1 milhões) para a intermediação e administração de transações internacionais, outros US$ 4,4 milhões (R$ 22 milhões) correspondem ao aumento que a inflação poderia trazer, e a diferença restante, de cerca de US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil), é o custo dos paraquedas.
Mesmo com este preço elevado, a Polônia conseguiu baixar o valor, que inicialmente, durante as negociações, ascendia a US$ 6,5 bilhões (R$ 32,6 bilhões). Os militares poloneses acreditam que a aquisição dos novos caças irá reforçar as capacidades dos 48 aviões F-16 que já operam na Força Aérea da Polônia. Além disso, o país tem cerca de 27 MiG-29s e Su-22s da era soviética.