Armas eletromagnéticas podem impedir intrusões dos EUA no mar do Sul da China, diz especialista

Especialistas militares chineses sugeriram o uso de armas eletromagnéticas não letais, incluindo dispositivos a laser de baixa energia para expulsar navios de guerra dos EUA que têm repetidamente entrado no mar do Sul da China durante a semana passada.
Sputnik

As embarcações do grupo aeronaval de ataque liderado pelo porta-aviões USS Theodore Roosevelt e do grupo expedicionário de ataque do navio de assalto anfíbio USS America entraram juntas no domingo (15) no mar do Sul da China para realização de exercícios da força expedicionária de ataque, informou na segunda-feira (16) a Frota do Pacífico dos EUA na sua conta no Twitter.

Esta já é a terceira vez no período de uma semana que os navios de guerra dos EUA entram no mar do Sul da China: o destróier de mísseis guiados USS McCampbell violou no dia 10 de março as águas territoriais da China nas ilhas de Xisha, além disso o navio de assalto anfíbio USS America e o navio de combate litorâneo USS Gabrielle Giffords realizaram na sexta-feira passada (13) operações no mar do Sul da China.

Para conter as repetidas transgressões dos Estados Unidos em águas territoriais chinesas, os militares do país têm várias opções disponíveis, incluindo a utilização de armas eletromagnéticas, disse ao jornal Global Times o comentador e especialista militar chinês Song Zhongping.
Armas eletromagnéticas podem impedir intrusões dos EUA no mar do Sul da China, diz especialista

Disparar contra os navios de guerra dos EUA não é uma boa escolha, a menos que Washington ataque primeiro, o que resultaria no começo de um conflito militar entre a China e os EUA, observou Zhongping, colidir com os navios estadunidenses também não seria uma boa opção.

Porém, o uso de armas eletromagnéticas, incluindo dispositivos a laser de baixa energia, poderia ser viável, uma vez que este tipo de armamento pode temporariamente paralisar as armas e sistemas de controle dos navios sem envolvimento em um conflito visível, mas pode enviar uma forte mensagem de advertência para Washington, segundo explica o especialista.

Este tipo de armas emite ondas eletromagnéticas que potencialmente podem causar interferência nos dispositivos eletrônicos de navios, mas sem causar vítimas, disse o observador militar.

No início deste mês, a Marinha dos EUA alegou que sua aeronave P-8A Poseidon teria sido atingida por laser em 17 de fevereiro, enquanto realizava sobrevoo de "águas internacionais" cerca de 380 milhas a oeste de Guam.

A entidade militar acrescentou que o "laser não era visível a olho nu", mas foi detectado pelos sensores da aeronave. O laser poderia ter causado "danos sérios à tripulação do avião e marinheiros, assim como a sistemas aéreos e navais".

As acusações também foram publicadas na conta do Instagram da Marinha dos EUA, que acusou a China de violar tratados internacionais.

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