Entre as cidades palco das rebeliões estão Bogotá, Jamundí, Cómbita e Ibagué, com os motins sendo registrados em unidades penitenciárias quer masculinas, quer femininas.
Conforme publicou o jornal El Espectador, as ações se iniciaram durante a última noite e foram marcadas por incêndios.
Tiroteios têm sido ouvidos, enquanto mensagens no WhatsApp, atribuídas aos condenados, mostram detentos pedindo armas aos seus comparsas.
Assim está a situação neste momento fora do presídio La Modelo, em Bogotá.
No presídio La Modelo, na capital do país, detentos se amotinaram no pátio da unidade aos gritos de "vamos para a rua".
Cena semelhante foi filmada no presídio feminino Buen Pastor, também em Bogotá.
Presídio de mulheres Buen Pastor não está alheio à emergência carcerária. Com panelas, mulheres exigem em Bogotá cumprir sua pena em condições seguras para não perder a vida diante ao iminente surto massivo de coronavírus.
O levante tem sido resultado do temor de que a pandemia possa alcançar os prisioneiros, enquanto os mesmos acusam o governo de "adotar medidas de prevenção pouco eficazes".
Em outro vídeo feito em La Modelo, ouve-se um dos detentos dizendo que "não somos ninguém para eles" e "somos abandonados como cachorros".
Prisão de La Modelo
Primeira morte no país
As rebeliões se deram logo após a Colômbia anunciar a primeira morte pela COVID-19.
Trata-se de um taxista de 58 anos que vivia na cidade de Cartagena, no norte do país.
Por sua vez, o presidente Iván Duque decretou na semana passada uma quarentena obrigatória no país.
Superlotação
Ainda de acordo com a mídia, a superlotação do sistema carcerário colombiano passa dos 53%.
Pelo menos 123.434 homens e mulheres estão presos, embora existam vagas somente para 80.373 pessoas nas celas do país.
Além da superlotação, os detentos também reclamam de outras más condições nos presídios.